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11 Jul 2023

Espanha procura que as energias renováveis contribuam com 81% da eletricidade até 2030.  

A espera acabou. Espanha redesenha sua rota energética com uma nova estratégia.

Após três anos da última atualização, o governo deu um salto no documento que define as metas de expansão para 2030 de energia solar, eólica e outras fontes limpas.

Neste ponto, o Ministério para a Transição Ecológica e o Desafio Demográfico (MITECO) tomou a dianteira e apresentou uma ambiciosa revisão do Plano Nacional Integrado de Energia e Clima (PNIEC).

De acordo com as novas cifras, espera-se que até o final da década atual, as energias renováveis representem 81% do consumo elétrico, superando em 7 pontos percentuais os 74% refletidos no anterior PNIEC.

Em outras palavras, a bússola indica que é preciso acelerar a adoção de energias renováveis para levar a dependência energética do país à ambiciosa marca de 51%. O resultado esperado será uma economia de 90,7 bilhões de euros em importações nos próximos 10 anos.

Segundo fontes do MITECO, o foco está alinhado com os desafios surgidos na União Europeia devido ao contexto geopolítico resultante da guerra na Ucrânia.

A aplicação da fórmula busca evitar situações semelhantes às que surgiram após o corte no fornecimento de gás pela Rússia.

Em outras palavras, dos 213 gigawatts de potência instalada previstos no plano, espera-se que 166,2 provenham de fontes renováveis.

E não só isso, o rascunho estabelece outros objetivos de transição energética.

Por exemplo, o compromisso da Espanha com a descarbonização e a meta de redução de gases de efeito estufa para 32% até 2030.

O impacto econômico é outra faceta brilhante do renovado Plano Nacional de Energia e Clima.

Foi mencionado no âmbito governamental que o PIB aumentaria em 34,7 bilhões de euros em 2030, o que, por sua vez, se traduziria em um aumento de mais de 522.000 empregos para o mesmo ano.

Além das vantagens econômicas, a projeção também revela melhorias significativas na qualidade do ar e, consequentemente, na saúde pública.

Os números garantem que será possível reduzir o número de mortes prematuras de 11.952 registradas em 2019 (segundo dados da Organização Mundial da Saúde) para 6.067 até 2030.

Mas nem tudo é um mar de rosas. Para alcançar os objetivos, é necessário um investimento total de 294 bilhões de euros, com 85% provenientes do setor privado e 15% do público, incluindo 11% de fundos europeus.

Não é segredo que, nos últimos anos, houve um sólido crescimento global no setor de energias renováveis.

No entanto, o cenário tem chamado a atenção para uma realidade silenciosa.

Trata-se da importância de agilizar e simplificar os processos administrativos associados à concessão de autorizações para a instalação e operação de projetos renováveis, historicamente conhecidos por sua complexidade.

Mesmo assim, os promotores muitas vezes se deparam com barreiras administrativas desanimadoras.

A apresentação de pedidos, a coleta de documentação, a avaliação de impacto ambiental e a obtenção de licenças podem se estender por meses ou até anos. O resultado? Maior incerteza e aumento dos custos para os investidores.

Neste sentido, tanto o setor renovável quanto as diferentes administrações públicas reconheceram a necessidade de modernizar e digitalizar esses processos.

A implementação de tecnologias até agora é a primeira opção para oferecer soluções eficientes que ajudem a acelerar a concessão de autorizações, ao mesmo tempo em que garantem o cumprimento dos requisitos legais e ambientais solicitados.

Isso não apenas agiliza o processo, mas também reduz os erros que ocorrem nos pedidos em papel, diminui a taxa de revisões extras e aumenta a transparência ou o acesso à informação.

Com essa nova aposta, a Espanha deseja liderar a transição ecológica na Europa e contribuir para a luta contra a mudança climática. Conseguirá alcançá-lo?

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